Me sinto assim sozinho
escondido em meu próprio ninho
meu abrigo de toda dor que sinto.
Não doí o corpo,não doí a alma
doí o vazio,essa parte ainda não completada.
O martírio de ter se lançado com tanta esperança
sobre o abismo do nada.
Me calo,me silencio ,diante do teu cinismo
da tua falta de sanidade ,quando por vezes
achas que não fizestes nada,
quando na verdade espalhastes feridas
que não se apagam.
Fecho as portas, chove lá fora,
lembranças invadem por entre as frestas
do meu ser,não quero mais lembrar você.
Poeiras de nós se espalham pelo ressinto
não há cheiro, nem cor,mas,te sinto,
não há choro ,não há nada mais,
apenas vulto do que fomos
ou do que pensei haver existido.
Marcia M.